O Projeto Hammã de Proteção Animal é uma organização não governamental e sem fins lucrativos criada em 2008 com o objetivo de promover o bem-estar animal e um relacionamento ético entre animais e seres humanos. O grupo age através de ações de conscientização e educação e a reinserindo na sociedade animais capturados pelo D.V.S.A. (antigo C.C.Z.) de Goiânia.

Criado a partir da parceria entre duas voluntárias independentes, o Projeto Hammã teve como ponto de partida o resgate de um pastor alemão (foto), de aproximadamente 12 anos, cego e muito debilitado no centro de Goiânia, posteriormente nomeado Hammã, considerado nosso mascote. Desde então, o nosso grupo vem desenvolvendo ações no sentido de minimizar o sofrimento de animais abandonados nas ruas das cidades, tendo como foco a cidade de Goiânia, além de divulgar a ideia de posse responsável. 

O grupo era constituído por pessoas que se interessavam em praticar a proteção animal com ética e responsabilidade. O Projeto Hammã tem muito prazer em estabelecer a união entre protetores buscando uma consolidação de parâmetros para a concretização de alguns projetos.

São fatores imprescindíveis para o grupo:
  • Compromisso com a necessidade do animal recolhido;
  • Castração;
  • Vacinação e vermifugação;
  • Triagem do candidato para adoção;
  • Monitoração da adoção até adaptação do animal;
  • Não doar animais sem que estejam em perfeitas condições de saúde (exceto animais com necessidades especiais);
  • Arquivar termos de adoções;
  • Ter uma relação ética com outros protetores e profissionais da área;
  • Trabalho de conscientização nas escolas públicas;
  • Fim do sacrifício de animais sadios no CCZ (carrocinha);
  • Castração de animais;
  • Palestras sobre posse responsável em feiras e eventos;
  • Distribuição de panfletos informativos;
  • Trabalho de posse consciente de animais como Pit Bull e Rotwailler;
  • Amparo legal para retirada de animais vitímas de maus tratos.

Foco e prioridade

O Projeto Hammã não dispunha de abrigo, por isso selecionava "grupos de risco": cães idosos, deficientes e os considerados cães "perigosos" (pit bulls e rottweillers) retirados do C.C.Z. de Goiânia. Tendo prioridade nesta lista os cães perigosos e/ou de grande, os demais, havendo vaga em lares temporários, são encaminhados aos voluntários, que contam com nosso amparo. Não muito raro, pessoas adquirem cães de médio e , pelos mais diversos e absurdos motivos, grande parte deles são abandonados quando se tornam adultos - ou até antes disso. Os motivos vão desde a falta de espaço, passando por mordidas em alguém da família, recusa dos vizinhos ou dono da casa (quem mora de aluguel), mudança de cidade ou país, separação de casal (ninguém quer ficar com o animal), chegada de bebê na família, falta de tempo, doenças, falência comercial (não precisa mais do cão-de-guarda), falta de autoridade, etc. Enfim, é quase impossível numerar os motivos do abandono. O fato é que uma vez jogado na rua, o cão de grande porte tem menos chances que os demais. Nas ruas, são afugentados, apedrejados ou encaminhados ao centro de zoonoses - onde suas chances de sobrevivência chegam ao fim. Depois de recolhido, o cão era encaminhado para uma clínica veterinária onde eram feitos exames para ter uma noção geral da saúde do animal; se houvesse gravidade então eram feitos exames específicos. Nesse tempo o animal era vacinado, vermifugado e castrado.

Depois dessa análise o animal é colocado para adoção, que ocorre com visitas constantes do candidato interessado e esse também é avaliado durante as visitas . Durante as triagens são avaliados experiência com a raça, condições e qualidade de vida proposta ao animal, histórico com outros animais, espaço, opinião da família que irá conviver com o animal e nível de interesse do adotante. Estando todos os interessados de acordo, o animal é entregue e segue todo processo de monitoramento e adaptação. O adotante recebe todos os certificados de saúde do animal.


Posse responsável e Conscientização

São medidas que devem ser tomadas para garantir o bem-estar do animal. Nós, do Projeto Hammã, acreditamos que a prática da Posse Responsável é um dos principais meios para se reduzir os maus tratos a animais, logo, não só a defendemos como também fazemos questão de difundí-la de todas as maneiras possíveis.

Aliada à posse responsável, a conscientização sobre o bem-estar e os direitos dos animais vem complementar o trabalho de educação da sociedade civil a respeito de como obter uma relação ética e respeitosa com os animais (doméstios e silvestres) que nos cercam.

Nesse ponto, o trabalho do Projeto Hammã procurou complementar a política desenvolvida pela Prefeitura de Goiânia sobre estes temas. No site da Secretaria de Saúde de Goiânia podemos encontrar informações sobre posse responsável de animais, assim como uma menção ao trabalho desenvolvido por nosso grupo.

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